domingo, 30 de agosto de 2020

Resenha: O código das águias - Paola Giometti (DLL20: livro de fábulas)

Quinta resenha de agosto pro Desafio Literário Livreando (DLL20). Já tinha esse livro há alguns anos e ainda não tinha lido. Esse tema foi uma excelente oportunidade para finalmente lê-lo.

O código das águias é o segundo livro da série Fábulas da Terra e conta a história de transformação da jovem águia Hankpa. 

Eu fui completamente conquistada pela história do Hanpka. Quando ainda estava "aprendendo" a ser uma águia (hábitos de voo, caça, etc.), ele vê sua vida tomar um rumo inesperado e precisa aprender a viver sob o "código das águias" e, através deste, se vê criando vínculos inesperados. É encantador ver como ele vai mudando sua visão, criando laços, e mostrando como é possível a convivência entre duas espécies diferentes, havendo respeito entre elas. É muito lindo ver a amizade entre Hanpka e o Velho Águia.

É um livro que fala de maneira muito bonita sobre o processo de transformação e toda coragem que é necessária para enfrentá-lo. Amei muito o livro e super recomendo. Além da história ser maravilhosa, as ilustrações, feitas pela própria autora, são lindíssimas.

Alguns dos meus trechos favoritos:

"Na vida, tudo tem um motivo para acontecer, apesar de não termos controle sobre quase nada disso. Nem mesmo os ancestrais podem controlar o destino. Mas eles podem nos dar sinais do amanhã."

"Até então, você estava falando sobre como amizades podem nos ensinar coisas boas. Por que questiona agora se devo ou não me importar com aquele que cuidou de mim?"

"Mesmo sabendo que a morte vinha sem aviso, a águia acreditou que, quando se instiga um indivíduo a sobreviver, é possível adiar a morte. Pelo menos por um tempo."

"Você nunca deixará de ser o que é. Mas pode se transformar em qualquer coisa que deseja. Uma transformação bem aqui dentro. — Apontou para o peito, indicando o coração."


Resenha: The Ickabog - J. K. Rowling (DLL20: livro de autor inglês)

Quarta resenha de agosto pro Desafio Literário Livreando (DLL20). Eu tinha começado a ler esse livro em maio quando fiquei sabendo que a autora estava publicando gratuitamente online, e li os capítulos que estavam disponíveis na época (furando fila) mas acabei não acompanhando a história. Resolvi aproveitar o tema para terminar a leitura.
The Ickabog é uma história sobre um monstro mítico, um reino em perigo e uma aventura que vai testar a coragem de duas crianças até o limite.

Gostei muito da história! Fui surpreendida em vários momentos e tive muitas dúvidas do rumo que a história tomaria. O livro me prendeu facilmente. No final, não consegui largar o livro sem terminar a leitura indo madrugada a dentro (no meio da semana).

Spittleworth entrou na minha lista de vilões mais odiados. Que raiva desse cara! Quando eu achava que não podia odiá-lo mais, ele aprontava de novo. É uma história nos leva a refletir sobre quem são os verdadeiros monstros e sobre pelo que vale a pena lutar. 

Alguns dos meus trechos favoritos (com tradução livre):

"Oh, if there's one thing you learn at cookery school," said Mrs Beamish with a shrug, "burned crusts and soggy bases happen to the best of us. Roll up your sleeves and start something else, I say. No point moaning over what you can't fix!"
(Oh, se há uma coisa que você aprende na escola de culinária ", disse a Sra. Beamish com um encolher de ombros," crostas queimadas e bases encharcadas acontecem com as melhores de nós. Arregace as mangas e comece outra coisa, eu digo. Não adianta reclamar do que você não pode consertar!)

"... because tears can heal a mind, as well as laughter."
(... porque as lágrimas podem curar uma mente, assim como o riso.)

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Resenha: All the light we cannot see - Anthony Doerr (DLL: livro de autor não lido)

Terceira resenha de agosto pro Desafio Literário Livreando (DLL20). #rumoàscincoresenhas

Esse livro já estava na minha fila de leitura há algum tempo mas o grande incentivo pra eu finalmente lê-lo foi ter a companhia da minha amiga Ana Bárbara. Combinamos discussões semanais e isso tornou a experiência da leitura ainda melhor.

All the light we cannot see (Toda luz que não podemos ver) é um romance histórico que se passa na França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e centra-se numa menina francesa cega (Marie-Laure) e num rapaz alemão (Werner) que acabam por se encontrar.

Eu não tenho o hábito de ler romance histórico e nem lembro de ter lido algum livro no contexto da Segunda Guerra mas, apesar de ter sido uma experiência nova pra mim, gostei muito na história. Muito mesmo. Me fez refletir um pouco sobre a realidade da época, e como este contexto afetava o dia-a-dia das pessoas.

O livro vai intercalando entre tempos diferentes para conhecermos um pouco a história dos personagens, entender como eles chegaram no ponto em que começa a história, e como fiquei encantada com a trajetória de Marie-Laure e de Werner. O amor familiar é algo que vemos nos dois casos. Gostei muito de ver a relação que Werner tem com a sua irmã Jutta e a preocupação que eles têm um pelo outro. Também fiquei encantada por ver o cuidado que o pai de Marie-Laure tem por ela, o esforço que fez para que ela fosse independente, ensinando-a ele mesmo o braille e ajudando-a a se localizar com mais facilidade. A paixão que Marie-Laure tem pelas histórias de Julio Verne me deixaram com vontade de ler seus livros também. Melhor não falar muito sobre eles senão essa resenha vai ficar muito extensa. Fiquei completamente apaixonada por esses dois e também por alguns outros personagens cativante que aparecem no livro.

Claro que não é uma história que só tem alegria, uma vez que retrata um período de guerra, então, prepare-se pra isso. Eu não resisti e chorei. Enfim, foi uma excelente leitura e é um livro que eu super recomendo!

Alguns dos meus trechos favoritos (com tradução livre):

"What do we call visible light? We call it color. But the electromagnetic spectrum runs to zero in one direction and infinity in the other, so really, children, mathematically all of the light is invisible."
(O que nós chamamos de luz visível? Nós chamamos de cor. Mas o espectro eletromagnético vai do zero em uma direção ao infinito na outra, então realmente, crianças, matematicamente toda luz é invisível.)

"You know the greatest lesson of history? It's that history is whatever the victors say it is. That's the lesson. Whoever wins,  that's who decides the history. We act in our self-interest. Of course we do. Name me a person or a nation who does not. The trick is figuring out where your interests are."
(Vocês sabem a maior lição da história? É que a história é o que quer que os vitoriosos digam que ela seja. Essa é a lição. Quem quer que ganhe, este é quem decide a história. Nós agimos em nosso próprio interesse. Claro que o fazemos. Diga-me uma pessoa ou nação que não o faça. O truque é descobrir onde estão seus interesses.)

"There is only chance in the world, chance and physics."
(Existe apenas o acaso no mundo, acaso e física.)

"Why else do any of this if not to become who we want to be?"
(Por que mais fazer isso se não para se tornar quem queremos ser?)

"Open your eyes and see what you can before they close forever."
(Abra seus olhos e veja o que puder antes que eles fechem para sempre.)

"Don't you want to be alive before you die?"
(Você não quer estar vivo antes que você morra?)

"See obstacles as opportunities, Reinhold. See obstacles as inspirations."
(Veja os obstáculos como oportunidades, Reinhold. Veja os obstáculos como inspirações.)

"You must never stop believing. That's the most important thing."
(Você nunca deve deixar de acreditar. Esta é a coisa mais importante.)

"A line comes back to Marie-Laure from Jules Verne: Science, my lad, is made up of mistakes, but they are mistakes which it is useful to make, because they lead little by little to the truth."
(Uma linha de Julio Verne volta a Marie Laure: Ciência, meu rapaz, é feita de erros, mas são erros que são úteis de cometer porque eles levam pouco a pouco a verdade.)


domingo, 2 de agosto de 2020

Resenha: One-punch man - vol. 8 - One e Yusuke Murata (DLL20: livro de super-herói)

Segunda resenha de agosto pro Desafio Literário Livreando (DLL20). Esta resenha pode conter spoilers leves da trama e do conteúdo dos volumes anteriores.

Eu estava sem ideias sobre o que ler para esse tema mas, quando uma das companheiras de desafio mencionou mangá, tive certeza de que leria um dos volumes de One Punch Man, que é um dos meus mangás favoritos e no qual não faltam heróis. Tem literalmente uma Associação deles e é possível ser um herói profissional (com direito a salário).

One-Punch Man conta a história de Saitama, um herói que se tornou tão poderoso que consegue derrotar qualquer oponente com apenas um soco (vem daí o nome), isso acaba o deixando entendiado e ele procura encontrar um oponente que seja digno.
A história de um cara que derrota qualquer um com só um soco não parece muito boa, mas é. A interação com os outros personagens, a maneira como se desenrolam os fatos, dentre outras coisas, deixam a trama muito divertida. Eu amo muito (já falei que é um dos meus favoritos, né?).

Escolhi reler o volume 8 porque é quando é revelado o grande segredo do King, herói classe S rank 7, conhecido como homem mais forte do mundo. Claro que não vou contar o segredo porque seria um spoiler gigante. Foi realmente surpreendente essa revelação e eu achei sensacional quando descobri. E, no final do volume, tem a aparição do Garou, que vai ser um personagem chave na continuação da história. Me diverti muito com a leitura. Fiquei com vontade de reler todos os volumes mas, por enquanto, a fila de leitura gigante está me segurando. rs

One-punch man teve adaptação anime e tem duas temporadas lançadas, até agora. A primeira está disponível na Netflix. (só avisando caso alguém queira dar uma chance rs)

Resenha: Maldito Beijo - Renata Lustosa (DLL20: livro de sua cor preferida)

Primeira resenha de agosto pro Desafio Literário Livreando (DLL20).

Eu cheguei a pensar em vários livros diferentes para esse tema mas, quando decidi pensar em algo mais curto pra facilitar o cumprimento da meta, este conto da Renata Lustosa se tornou a escolha perfeita. Essa capa em tons de roxo/lilás (minha cor preferida) é muito linda e, pela sinopse da história, eu já sabia que ia amar. E não me decepcionei.

Samanta acredita estar amaldiçoada porque todo homem que ela beija reata com a ex-namorada no dia seguinte e ela vai pedir ajuda a sua amiga, Laura, pra confirmar suas suspeitas ou tentar descobrir se tem feito algo de errado. Será que o problema é que ela beija mal?

Fiquei encantada em conhecer a história da Samanta. O conto é de leitura fácil e a história é bem leve e divertida. Às vezes, precisamos realmente de alguém “de fora” para enxergar claramente a situação e nada como uma boa amiga, como a Laura, para ajudar. Não vou escrever muito pra não correr o risco de dar spoiler. Um conto apaixonante com um final super fofo. Com certeza, comecei bem as leituras de agosto. Já quero ler mais textos da autora. Super Recomendo!