sábado, 21 de novembro de 2015

Família que escreve unida...

... permanece unida. E assim deve ser. Tive o privilégio de ter uma família que sempre me apoiou e sempre esteve perto. Há muito tempo temos a música em comum e agora temos também a escrita. Minha mãe, minha irmã e eu participaremos da coletânea Nanquim que será lançada no próximo dia 28 de novembro pela Andross Editora e confesso que fiquei muito feliz quando soube. A família terá participação também em duas outras coletâneas que serão publicadas esse mês: Metamorfoses e Marcas Eternas.

Comecei minha "carreira de escritora" no início deste ano quando publiquei dois contos, conforme contei no Quem conta um conto... Desta vez, participo com uma crônica, no Nanquim, e duas poesias, no Metamorfoses. Não tenho ambição de seguir profissionalmente a carreira de escritora, mas escrever é algo que gosto muito de fazer e tenho como hobby. Tenho tentado praticar mais e ter alguma flexibilidade, escrevendo em estilos diferentes. Ainda estou aprendendo sobre eles. Algo que me impulsionou no exercício da escrita foi participar do desafio #PHpoemaday que está indo para a quarta edição em dezembro. Vocês encontram todos os meus textos dos desafios disponíveis aqui no blog.  Um outro incentivo é a participação nas coletâneas publicadas pela Andross Editora. Você ver seu texto publicado, sendo parte de um livro, dá uma sensação incrível.

A Andross Editora é especializada na publicação de coletâneas literárias com textos de autores iniciantes. Os textos são enviados através do site da editora e devem seguir a temática proposta (há também coletâneas de temática livre). A Andross está recebendo até o fim de janeiro textos sobre diversas temática, dentre elas, amor, terror, vingança e distopias. Mais informações no site da Andross Editora.

O lançamento das coletâneas que mencionei será no dia 28 de novembro, na 6ª edição do evento Livros em Pauta - Congresso de Literatura, quadrinhos, RPG e outras mídias nerds em São Paulo. O evento é gratuito e está com uma programação incrível.

Para quem ficou curioso e quer conhecer os meus textos que estarão nessas publicações, podem conferir aqui no blog os dois poemas, Oh, Aorta! e Tudo queria ser, e a crônica, Desculpe o transtorno, estamos trabalhando para melhor atendê-lo

Espero que gostem! Até a próxima!

 





sábado, 14 de novembro de 2015

Desculpe o transtorno, estamos trabalhando para melhor atendê-lo

Obras! Organizá-las ou conviver com elas não é uma tarefa fácil, mas, por vezes, é preciso encará-las em vista de uma melhoria necessária ou um conserto essencial. 

Pode ser que sua cidade esteja implementando um novo sistema de transporte público que vai passar por uma das vias principais que, por acaso, faz parte do seu trajeto para o trabalho. Haja paciência! Fechamento de algumas vias, redistribuição das faixas e, consequentemente, muito engarrafamento a enfrentar. E, em meio às horas gastas no deslocamento, resta pensar que, ao término das obras, esse novo transporte vai trazer uma grande melhoria para o trânsito.

Quando você chega a sua cafeteria favorita em busca de descanso após um longo dia de trabalho, é impossível descrever a sensação de encontrá-la fechada com o aviso: Desculpe o transtorno, estamos trabalhando para melhor atendê-lo. Transtorno parece uma palavra muito suave para descrever o rombo que fica no seu coração por não poder contar com seu cantinho de aconchego, seu lugar de reflexão. Mas não resta nada a fazer a não ser aguardar o tempo necessário e esperar para ver o resultado.

Às vezes, tudo o que você quer é dar uma melhorada no seu apê, torná-lo mais espaçoso, redefinir algum cômodo. A versão apê 2.0 parece que vai ser excelente. Mas você quase se arrepende quando começa a obra. O barulho das paredes sendo quebradas é ensurdecedor, e tudo o que você vê ao seu redor é poeira, poeira e mais poeira. Fica difícil imaginar qualquer beleza em meio a isso tudo, mas, uma vez começada a obra, tem que seguir em frente e, mais uma vez, esperar.

Muitas vezes, é necessário também optar por uma mudança de vida. Pode não ser muito grande, mas umas pequenas melhorias. Faz bem para qualquer ser humano. Mesmo assim, como toda reforma, demanda esforço e sacrifícios. É preciso querer, aguentar todos os inconvenientes, resistir à vontade de desistir e continuar sendo o velho eu. Pensando na perspectiva do quanto se sentirá melhor depois, você segue o caminho, um passo de cada vez. 

E, ao término, você vê que o investimento valeu a pena. Sente-se melhor consigo mesmo ao perceber o quanto evoluiu. Sua casa, agora limpa e reformada, ficou ainda melhor do que o esperado. A realidade pode sim ser melhor do que a imaginação. A cafeteria que você tanto ama se tornou um local ainda mais aconchegante, mais espaçoso, e a saudade só a fez valorizar ainda mais. Até o café parece ter um gostinho especial. Tudo agora anda às mil maravilhas, e a recompensa prometida realmente veio. Ou talvez nem todas elas. O trânsito e o sistema de transporte público da sua cidade talvez não tenham melhorado estrondosamente, e você ainda pode levar mais tempo do que gostaria para chegar ao trabalho. Mas nem tudo é perfeito e toda regra tem sua exceção.

*Este texto faz parte da coletânea literária Nanquim que será lançada no dia 28 de novembro pela Andross Editora