Segunda resenha de agosto pro Desafio Literário Livreando (DLL22)! Demorei muito pra ler esse livro mas finalmente arrumei companhia e peguei pra lê-lo. E fiquei feliz por consegui-lo encaixá-lo num dos temas do DLL. Minha edição é de 2009.
Sinopse:
Ano 634 df (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (precondicionados) têm comportamentos (preestabelecidos) e ocupam lugares (predeterminados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, "Admirável Mundo Novo" é um dos livros mais influentes do século 20.
Esse livro é bem chocante mas traz reflexões muito interessantes. A ideia de se criar uma sociedade onde todos estão felizes sempre e os requisitos e implicações disso traz uma excelente discussão. Eu fiquei chocada com como era feito o condicionamento e, ao mesmo tempo, não duvido que o ser humano seria capaz disso "por um bem maior". E tudo minuciosamente pensado para que todos fiquem "satisfeitos" com o que tem e como vivem. São curiosos os aspectos dessa sociedade mas, ao mesmo tempo, fazem sentido nesse contexto. E qual a consequência de não se encaixar nesses moldes? Isso leva aos principais acontecimentos do livro. Curti muito a leitura, apesar de esperar um final diferente. Fiquei chocada, surpresa, revoltada... Consigo entender os motivos que levaram a ser um clássico.
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