quinta-feira, 29 de abril de 2021

Resenha: 1984 - George Orwell (DLL21: clássico)

Segunda resenha de abril pro Desafio Literário Livreando (DLL21). Esse não estava na TBR do desafio mas, como não concluí uma das leituras escolhidas e já tinha lido ele esse mês, resolvi aproveitá-lo. Eu li em conjunto com umas amigas e ainda participei da LC organizada pela Alê do @talvez1livro.

Em uma sociedade em constante estado de guerra contra outros países e contra os inimigos do sistema, cada cidadão deve viver sob a permanente vigilância das teletelas. Qualquer sinal de comportamento ou pensamento desviante da ideologia do Grande Irmão é severamente punido pela Polícia do Pensar.

Acho que esse início da sinopse disponível na Amazon passa bem o cenário do livro. Nele acompanhamos a trajetória de Winston, funcionário do Ministério da Verdade, e vemos como ele vai reagindo a esse regime.

Preciso dizer que fiquei apaixonada por essa edição da Antofágica. Contém ilustrações muito legais (de Rafael Coutinho) ao longo de todo o livro e vem com um material extra: apresentação e outros textos de reflexão sobre o livro.

Esse foi um livro que me levou a refletir muito ao longo de toda a leitura. Chega a ser assustador o quanto os pontos abordados são atuais. Me assustou muito também a inteligência cruel do Partido, como toda a dominação é bem planejada para se sustentar a longo prazo e o papel que da novilíngua nisso. A leitura fluiu super bem e volta e meia eu me via me perguntando o que o Winston faria com suas inquietações. Eu definitivamente não esperava a maneira como o livro terminou (apesar de não ter um fim específico em mente). Gostei muito e recomendo. Ele proporciona uma reflexão e uma inquietação super necessárias.

Alguns dos meus trechos favoritos:

"As consequências de cada ato estão inclusas no ato em si."

"'Quem controla o passado', dizia o slogan do Partido, 'controla o futuro: quem controla o presente, controla o passado.'"

"... em momentos de crise, nunca se luta contra um inimigo externo, mas sempre contra o próprio corpo."

"Se você puder sentir que permanecer humano vale a pena, mesmo quando não gere nenhum resultado, você os venceu."

"Os melhores livros, ele percebeu, são aqueles que contam o que você já sabe."

"... sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la e aboli-la e instituir novo governo..."

Da apresentação (Gregógio Duvivier):

"A opressão não tem fim, mas ela sempre vai se chocar com o desejo de liberdade."

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