quarta-feira, 10 de junho de 2015

Oh, Aorta!

Oh, Aorta! Como assim não estou morta?
Após perder algo, pra mim, tão vital
Esse amor que pensei ser imortal
E que se foi antes mesmo que percebesse.

Oh, Aorta! Esta dor me corta!
Depois de tudo, não imaginava que tanto ar teria
Desejava mergulhar nesta melancolia
E me asfixiar na triste solidão.

Oh, Aorta! É assim que te comportas?
Pensei que ao final saberias como agir
Que a melhor atitude saberias discernir
E me permitirias uma doce partida.

Oh, Aorta! Por que te importas?
Não pensei que fosses uma artéria arteira
Muito menos que fosses traiçoeira
E me negarias este meu desejo.

Oh, Aorta! Abra-me uma porta!
Tudo que eu queria era morrer de amor
Mas me obrigaste a viver com a dor
Então ajude-me a reaprender a amar.

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