sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Resenha: Subconsciente - Camila Dornas (DLL20: livro de suspense)

Segunda resenha de outubro pro Desafio Literário Livreando (DLL20). Mais uma vez, a escolha do livro foi influenciada pela LC organizada pela autora. Depois da leitura de "O violino escarlate", decidimos continuar lendo outros livros e eu, sempre que possível, vou encaixando nos temas do DLL. 

Sinopse - Amazon:

Paris de 1922. O mundo se recuperava das consequências da Grande Guerra. Em uma geração regada à luxúria e boemia, o sonho de Olga Chevalier era ser a maior cantora que o mundo já viu. Suas ambições começam a mudar quando uma dançarina do famoso cabaré Moulin Rouge é assassinada, e o dom de Olga passa a levá-la até os sonhos e a mente do assassino. Amor, desejo e mistério se unem nessa trama alucinante... Em quem confiar? Em situações extremas, até seu próprio dom pode traí-la

Como sofri com os personagens desse livro! Tanto pelos acontecimentos do passado quanto pelo que aconteceu durante a trama do livro (e que trama!). A Camila não teve pena de nenhum deles, mas tudo o que eles passaram serviu pra mostrar a força que têm. Admirei a coragem e a determinação de Olga desde o início por como ela sobreviveu a ausência dos pais e cuidou do irmão, como soube lidar com seus dons, por como soube buscar os seus sonhos e ainda decidiu investigar o sumiço de sua colega de Moulin Rouge. O mistério sobre esse acontecimento permeia todo o desenrolar da história e eu confesso que não cheguei nem perto de adivinhar e, quando achei que estava tudo resolvido, ainda tinha mais treta.

Além da Olga, tem muitos outros personagens super apaixonantes: Jean, com seu carinho e cuidado com todos ao seu redor, Vincent, com seu ar misterioso, Adeline, com sua fofura, seu Leroy e tantos outros. Tem os "detestáveis" também mas vamos deixar só os legais. Adorei saber que o livro conta com menção e participação de alguns personagens de "A linhagem", outro livro da autora. Fiquei ainda mais ansiosa para lê-lo agora em novembro.

Apesar de todo sofrimento, tem muito amor nesse livro!  Amei muito!

Alguns dos meus trechos favoritos:

"Se não há ninguém nesse mundo que você ama, que se lembrará de você, de certa maneira, uma parte de você está morta."

"Quando olho para as constelações, elas me fazem ter plena consciência de que por milhares de anos, homens e mulheres têm feito exatamente a mesma coisa, e olhado para o mesmo céu. Pensar nisso me dá a sensação de que há algo maior, e que eu sou pequeno, quase insignificante. Por mais que algumas estrelas morram, o céu continua basicamente o mesmo. É como eu vejo a eternidade."

"Não há nada mais fascinante que o universo cósmico (...). Quanto mais se descobre a respeito, mais confuso ele se torna. Imagino se não vivemos dentro de um buraco negro e se nosso universo inteiro não se encontra dentro de um outro universo."

"As pessoas ignoram a maldade das outras o tempo todo, talvez pensem que é normal, talvez tenham medo de fazer alguma coisa. Como eu poderia lidar com o fato de saber que posso encontrar esse homem, e talvez impedi-lo de fazer isso com outras pessoas, e simplesmente não fazer nada a respeito? O que isso diria sobre mim?"

"O amor não é necessariamente algo fácil e simples, minha Marie. Às vezes, ele é cheio de defeitos, mas não é menos amor por causa disso."

"Ninguém é cem por cento bom ou cem por cento ruim, Olga. Nem mesmo eu. Somos imprevisíveis e todos têm algo sombrio em nós mesmos, que podemos ou não mostrar ao mundo. É o que faz tudo interessante."

"... se em algum lugar do mundo alguém se importa o suficiente para lhe escrever, essa pessoa merece ser lida, ..."

"Me diga apenas uma coisa na vida que não é um clichê e eu te darei os parabéns. Tudo o que está sendo feito agora já foi feito milhares de vezes antes de você, e será feito milhares de vezes depois que você se for."

"Ter medo é da natureza humana, e não é algo do que se envergonhar. Mas quando você encontra algo maior que todos os seus medos, algo pelo qual lutar, então eles se tornam insignificantes."

"Eu não era uma donzela em perigo, era uma mulher que acreditava em lutar e em fazer a própria sorte. Se quisesse sobreviver, teria que fazê-lo por minha conta. Sem esperar que um homem em armadura viesse me resgatar. Eu era minha própria guerreira. E vencer aquela batalha cabia a mim."



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